Assim como vemos cidades abandonadas em outros países, tipo na Ucrânia com Chernobyl, onde um dos reatores da usina explodiu e toda população teve que sair da cidade, aqui no Brasil temos alguns bairros de Maceió que simplesmente estão vazios por estarem afundando, são eles: Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.
Situação atual de Pinheiro [Foto: Irã Candido]
A história começou em 1960 com a exploração de sal gema, usado na fabricação de cloro, soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio e muitas outras coisas. A extração ocorria através de escavações feitas a cerca de mil metros porém por terem sido feitas em excesso e com pesquisas ambientais falhas, os bairros começaram a afundar por não terem mais a camada de sal abaixo do solo.
Gráfico mostrando como aconteceu essa falha, onde os espaços brancos representam o vazio deixado pela extração do sal gema
Em 2018, começaram a ocorrer tremores de 2,5 pontos na escala Richter afetando as construções que começaram a ficar com rachaduras. Hoje é possível ver casas quebradas, grandes crateras em estradas, prédios demolidos, tapumes tampando construções e uma mata bem alta.
Bairro do pinheiro com muitos materiais retirados e casas lacradas com concreto [Foto: Josilane Cristina]
Após toda essa situação, os 40.000 moradores das cidades tiveram que deixar elas vazias, aproveitando todos os materiais possíveis para usar em outra residência, por isso, lá também não é mais possível ver portas, telhas, janelas e vários outros materiais.
Mapa oficial da Braskem demostrando as áreas que foram afetadas
Somente um ano depois das primeiras rachaduras, foi confirmado pelas equipes do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que a extração de sal-gema feita pela Braskem na região onde existiam falhas geológicas, provocaram a instabilidade no solo.
Hoje esses bairros tem alguns trechos desabitados e não existem estimativas certas de quando eles poderão ser habitados novamente. Ao que parece, agentes do governo já estudam uma nova utilidade para essas áreas como possíveis locais de conservação ambiental já que a natureza em breve tomará essas áreas ou até como um local turístico.
Como ficaram as famílias que habitavam essas regiões?
Após negociações entre os poderes públicos e os atingidos, a empresa paralisou a exploração na região, assinou dois acordos se comprometendo com ações de apoio à realocação de moradores, compensação financeira e plano integrado para mitigação, reparação além da compensação ambiental, sócio urbanístico e estabilização do solo.
Protesto dos moradores para acelerar o processo de indenização da Braskem [Foto: cadtm.org]
Apesar das promessas, muitos moradores e comerciantes foram à mídia para falar da falta de transparência sobre as informações do processo pela Braskem, o descumprimento dos prazos quando o morador decide assinar o acordo e discrepância nos valores das indenizações.
A situação financeira e mental dos moradores, ainda é complicada e apesar da empresa de mineração ainda demonstrar fazer algum esforço tendo conseguido realizar 12.112 propostas que foram aceitas, segundo o site oficial da Braskem, ainda faltam outras indenizações que precisam ser pagas de forma justa.
A matéria acabou mas muita calma nessa hora!
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muito bom
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